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Aspiração traqueal

Aspiração Traqueal (ASP), técnica muito utilizada pelos fisioterapeutas e enfermeiros, a ASP de secreções brônquicas pode ser complicada por traumatismo da mucosa traqueobrônquica, hipóxia, alterações hemodinâmicas, broncoespasmo e agravamento da hipertensão craniana (HIC). É recomendado que as aspirações não devem ser sistemáticas ou rotineiras e devem ser realizadas em função da avaliação da retenção de secreção brônquica (FELTRIM; PARREIRA, 2001).

O procedimento de ASP consiste na introdução da sonda suavemente nas vias aéreas até que seja encontrada uma pequena resistência, em seguida é retirada 2 ou 3 cm e o vácuo é liberado, sendo retirada com movimentos rotatórios sem realizar movimentos de vai e vem (FELTRIM; PARREIRA, 2001).

Para executar de forma correta a ASP, deve-se abrir a ponta do papel da sonda estéril, adaptá-la à conexão do vácuo, abrir o vácuo e em seguida vestir a luva estéril, segurando-a com uma das mãos e com a outra desconectando o respirador, se for o caso. Em seguida, introduz-se o cateter na traquéia do paciente através do tubo endotraqueal (COSTA, 1999). Deve-se ser introduzido até encontrar resistência (geralmente ao nível da Carina), em seguida retira-se a ponta do cateter aproximadamente 1 cm antes de aplicar ASP intermitente. O cateter deve girar entre o polegar e o indicador enquanto é retirado, com aplicação de ASP intermitente. O cateter não deve permanecer na via aérea por mais de 10 a 15 segundos. Pequenas quantidades de soro fisiológico (10 a 20 ml) podem ser instiladas intrabronquicamente para fluidificar e mobilizar as secreções espessas. Além da própria utilização do ambu (IRWIN; TECKLIN, 1994).

Seguindo o relato de Lyon, é conveniente realizar mobilização das secreções antes da ASP. As sondas utilizadas devem ser de número 12 ou 14, de uso único, estéreis, em plástico flexível e liso, contendo duas aberturas laterais e uma final na extremidade. As sondas devem ser graduadas e de comprimento inferior a 50 cm quando utilizadas em pacientes intubados via traqueal. No caso da utilização de uma sonda sem luva protetora, devem-se utilizar luvas de procedimento. Quanto à duração do procedimento de ASP recomenda-se 10 a 15 segundos e de no máximo 30 segundos. Em relação ao vácuo apenas o suficiente para ser eficaz, sendo recomendados valores entre 80 e 150 mmHg, não devendo ultrapassar 200 mmHg. É recomendado o uso de sondas com interruptor de vácuo que permita introduzir a sonda nas vias aéreas sem aspirar e, só depois de toda introdução da sonda ao nível desejado, realizar a ASP durante a retirada.

As hiperinsuflações, sejam elas manuais ou realizadas com o ventilador mecânico, podem ser praticadas antes e após a ASP, sendo importante verificar, após a ASP, se o paciente está estável hemodinamicamente quanto respirando adequadamente (FELTRIM; PARREIRA, 2001).

Um estudo, onde comparou os efeitos da hiperinsuflação manual versus a hiperinsuflação através do ventilador tendo como parâmetros a complacência e a produção de secreção em pacientes intubados e no ventilador na UTI, descreve a hiperinsuflação como uma técnica usada por fisioterapeutas  e enfermeiros para mobilizar e remover excesso de secreção brônquica, além de abrir áreas colapsadas, melhorando a oxigenação (BERNEY; DENEHY, 2002).

A ASP é um procedimento importante para a remoção de secreções de pacientes com vias aéreas artificiais e dos que não conseguem tossir bem. Entretanto, a ASP deve ser feita cuidadosamente para evitar complicações de hipotensão, hipoxemia e parada cardíaca. Costa (1999) complementa que é um procedimento invasivo, intensamente utilizado pela fisioterapia respiratória, favorecendo a melhora na permeabilidade das vias aéreas e, com isso, melhorando a ventilação pulmonar. Além disso, a ASP traqueobrônquica pode também evitar ou reverter uma atelectasia, aumentando a capacidade residual funcional e facilitando as trocas gasosas (IRWIN; TECKLIN, 1994).

Ainda sobre o procedimento de ASP, este é realizado de forma rotineira para remover secreção pulmonar e estimular a tosse em pacientes intubados ou traqueostomizados, devendo ser um procedimento estéril e tomadas as medidas de proteção universais. A utilização de máscara, óculos de proteção, sondas e luvas estéreis deve ser rigorosamente obedecida.

Nos pacientes em UTI, os sinais vitais como freqüência cardíaca (FC), PA, saturação arterial de Oxigênio (SaO2) devem ser observados antes, durante e depois da ASP endotraqueal, já que é freqüente o aparecimento de complicações associadas a tal procedimento.
A instilação de soro fisiológico a 0,9% pode ser utilizada antes e durante a ASP, para desprender secreções muito espessas ou aderidas (REGENGA, 2000).

A ASP consiste na retirada de secreções das vias aéreas superiores e traquéia, através do uso de catéteres esterilizados e descartáveis. A ASP, independente de ser nasotraqueal, através do tubo traqueal ou traqueostomia, ativa o reflexo tussígeno, o que promove o aumento da pressão intratorácica e diminui o retorno venoso cerebral, podendo aumentar a PIC (CUELLO, 1987; AZEREDO, 1999; LEWIS, 2002).

Quanto a técnica de ASP traqueobrônquica, que o equipamento deve ser checado e a pressão de ASP estabelecida entre -80 e -120 mmHg. Devem ser usadas luvas e catéteres estéreis, a fim de diminuir os riscos de contaminação durante o procedimento. O cateter deve ser introduzido com o sistema de ASP bloqueado até a localização desejada, aproximadamente ao nível da carina.

Sendo a ASP executada, intermitentemente, por abertura e fechamento do vácuo, enquanto o cateter é retirado com um movimento de rotação, não devendo ser efetuada por mais de 15 segundos. Na presença de arritimias ou bradicardias, a ASP deve ser interrompida imediatamente e o paciente ventilado manualmente, realizando-a apenas quando o paciente não apresentar tosse ou não apresentar condições de eliminar as secreções (REGENGA, 2000).


Autor: Manoel Luiz de Cerqueira Neto

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