Você sabe preparar as drogas vasoativas?
As drogas vasoativas são fundamentais no manejo de pacientes em terapia intensiva, especialmente quando há necessidade de suporte hemodinâmico. Neste artigo, vamos explorar o preparo e a administração de algumas das principais drogas vasoativas utilizadas na prática clínica: noradrenalina, dopamina, dobutamina e adrenalina. Compreender a função e o preparo adequado dessas medicações é crucial para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
Noradrenalina: Primeira escolha como vasopressor
A noradrenalina é frequentemente a primeira escolha como vasopressor para manter a pressão arterial em níveis adequados. Ela é apresentada em ampolas de 4 mg por ml e, geralmente, são utilizadas quatro ampolas para preparar uma solução padrão. A diluição é feita em 250 ml de soro glicosado ou fisiológico, resultando em uma concentração de 64 microgramas por ml. A dosagem é calculada com base no peso do paciente, variando de 0,1 a 0,33 microgramas por quilo por minuto. É importante lembrar que a prescrição e a velocidade de infusão são de responsabilidade médica.
Adrenalina: Uso em situações de emergência
A adrenalina é uma droga vasoativa com efeitos inotrópicos e cronotrópicos, utilizada principalmente em situações de emergência, como paradas cardiorrespiratórias. Embora eficaz, sua curta duração e potência exigem cautela no uso prolongado. Em casos de falta de outras drogas, pode-se preparar uma solução com 5 ampolas de adrenalina diluídas em 95 ml de soro fisiológico ou glicosado, utilizando equipo fotossensível devido à sua sensibilidade à luz.
Dobutamina: Inotrópico positivo
A dobutamina é um agente inotrópico positivo, ideal para aumentar a força de contração cardíaca. Cada ampola contém 250 mg em 20 ml, e a dose padrão envolve a diluição de duas ampolas em 250 ml de soro, resultando em uma concentração de 2 mg por ml. A dosagem varia de 3 a 20 microgramas por quilo por minuto, conforme prescrição médica. A dobutamina é especialmente útil quando a noradrenalina é contraindicada.
Dopamina: Ação cronotrópica
A dopamina é utilizada para aumentar a força de contração cardíaca, sendo útil em casos de insuficiência cardíaca congestiva. Cada ampola contém 50 mg em 10 ml, e a dose padrão envolve a diluição de 5 ampolas em 250 ml de soro, resultando em uma concentração de 1 mg por ml. A dosagem varia de 5 a 10 microgramas por quilo por minuto, conforme orientação médica.
Cuidados no preparo e administração
É essencial utilizar equipo fotossensível para a administração de drogas vasoativas, como noradrenalina, adrenalina e dobutamina, devido à sua instabilidade à luz. Em situações de falta de materiais, é possível improvisar coberturas para proteger a solução da luz. Além disso, é crucial monitorar o acesso periférico para evitar complicações como flebite e vasoconstrição excessiva, especialmente em pacientes pediátricos e neonatos.
Considerações finais
O preparo e a administração de drogas vasoativas requerem conhecimento técnico e atenção aos detalhes para garantir a segurança do paciente. Enfermeiros e profissionais de saúde devem estar bem informados sobre as características de cada droga e seguir as orientações médicas para dosagem e infusão. Em caso de dúvidas, é sempre recomendável consultar colegas ou buscar informações adicionais para assegurar o melhor cuidado possível ao paciente.
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