Eletrocardiograma |
1. Coração
• Localizado no centro do tórax, voltado para esquerda;
• Pesa aproximadamente 300g;
• Envolvido por uma membrana chamada Pericárdio.
1.1. Composição da Parede
• Camada externa - Epicárdio
• Camada média - Miocárdio
• Camada interna - Endocárdio
1.2. Câmaras Cardíacas
• Átrio Direito
• Átrio Esquerdo
• Ventrículo Direito
• Ventrículo Esquerdo
2. Função do Coração
• Impulsionar sangue venoso para os pulmões.
• Bombear sangue arterial para os tecidos e órgãos.
3. Artérias Coronarianas
• Artéria Coronariana Direita
– Ramo descendente posterior
– Ventricular posterior
• Artéria Coronariana Esquerda
– Ramo Descendente Anterior – DA (Dg)
– Artéria Circunflexa –CX (Mg)
4. Ciclo Cardíaco
• Sístole
– Contração miocárdio para bombeamento de sangue.
• Diástole
– Relaxamento do miocárdio para recebimento de sangue.
5. Formação do Impulso
O impulso elétrico provoca contração cardíaca ou despolarização.
• Despolarização
– Ocorre uma descarga elétrica, armazenada dentro das células miocárdica.
– Resultando a contração cardíaca.
• Repolarização
– As células voltam armazenar energia elétrica.
6. Despolarização Atrial
O estimulo elétrico origina-se no NSA prosseguindo a despolarização atrial e produzindo a onda P no ECG.
O impulso elétrico propaga-se em direção ao NAV, onde ocorre uma pausa de 1/10 de segundo, permitindo que o sangue entre nos ventrículos.
7. Despolarização Ventricular
Ocorre a despolarização pelo feixe de His para os ramos D e E, terminando nas fibras de Purkinge, formando o Complexo QRS.
Formação do segmento ST.
A onda T representa a repolarização dos ventrículos.
8. O Ciclo Cardíaco do ECG
• Onda P – Contração Atrial
• Complexo QRS – Contração Ventricular
• Onda T – Repolarização ventricular
9. Características das Ondas
• Amplitude (Voltagem)
– Reflete a força elétrica da onda.
– Pode ser medida pelas linhas horizontais.
– A distância entre as linhas é de 1mm (um milímetro).
• Duração
– Pode ser medida pelas linhas verticais do ECG. A distância entre essas linhas é de 1mm e representa um período de tempo 0,04s (quatro centésimos de segundo).
• Onda P
Tamanho de 2,5mm
Duração 0,10s
Forma arredondada
• Intervalo PR
Tempo que o impulso elétrico leva para atingir os ventrículos.
Tempo de 0,12s a 0,20s.
• Complexo QRS
– Deflexão negativa (Q).
– Deflexão positiva (R ).
– Segunda deflexão negativa (S).
– Duração de 0,06s e 0,12s.
• Onda T
– Representa repolarização ventricular.
• Segmento ST
– Duração QT 0,40s
10. Derivações do ECG
• O ECG composto por 12 derivações:
• 06 periféricas (I, II, III, AVR, AVL, AVF).
• 06 precordiais (V1, V2, V3, V4, V5, V6).
11. Derivações I, II e III
• Verifica o diferencial de potencial entre dois pontos, um positivo outro negativo.
• São captadas por meio de eletrodos colocados BD, BE, PE, PD funciona como fio terra.
12. Derivações AVR, AVL, AVF
• São representados pelos eletrodos no BD (AVR), BE (AVL), PE (AVF).
• AV significa aumento de voltagem.
– R- Right braço direito
– L- Left braço esquerdo
– F- foot pé esquerdo
13. Derivações Precordiais
• São registradas a partir de 06 pontos no tórax, chamadas de precordiais.
14. Verificação da frequência
• É a quantidade de contrações cardíacas por minuto.
• Determinada pela despolarização ventricular (complexo QRS no ECG).
• Observar as ondas R e escolha uma que coincida com uma das linhas mais escura do papel milimetrado no sentido vertical.
• A cada linha vertical escura á direita, conte 300, 150, 100, 75, 60, 50, sucessivamente, até encontrar a próxima deflexão da onda R.
15. Frequência Cardíaca
15.1. Frequência Cardíaca Baixa
• Observar uma faixa de 6 segundos valor igual a 30 quadrados.
• Conte o número de ciclos completos nessa faixa.
• Multiplique o número de ciclos registrados durante os 6s pela constante 10.
16. Arritmia
• Distúrbios na frequência, ritmo e na condução dos impulsos elétricos cardíacos.
16.1. Arritmia Sinusal
• Caracteriza-se por ritmo irregular ou variável, causado por doença da artéria coronária, doença NSA.
• Paciente assintomático.
• Pulso irregular.
• FC 60a 100bpm.
• Onda P e complexo QRS normais.
17. Extra-Sístole Ventricular
• Foco ectópico localizado em um dos ventrículos provoca descarga elétrica antes do NSA.
• Paciente sente falha no batimento.
• FC normal
• Ritmo irregular no momento do batimento
• Complexo QRS alargado e deformado
• Onda T inicia diretamente no complexo QRS
17.1. Bigeminismo
17.2. Trigeminismo
17.3. Quadrigeminismo
18. Salvas de Extra-Sístole
19. Taquicardia Sinusal
• Caracterizar por uma FC superior a 100bpm.
• Pode ocorrer durante exercícios físicos, consumo de drogas, febre.
• Palpitação, dispneia.
• FC de 100 a 150 bpm.
• Ritmo regular
• Ondas P normais podem estar fundidas na onda T.
• QRS normal.
20. Taquicardia Atrial
• Ocasionada por um foco ectópico localizado nos átrios.
• Paciente apresenta sintomas como tonturas, palpitações.
• FC de 100 a 250 bpm / Ritmo regular
• QRS normal ou discretamente alargado.
21. Taquicardia Ventricular
• Precedida de extra-sístoles.
• Paciente apresentam dispneia, dor precordial, DC diminuído, hipotensão, choque cardiogênico.
• FC entre 100 a 250 bpm.
• Ondas P ausentes
• QRS com formas bizarras e alargadas.
22. Flutter Atrial
• Foco ectópico nos átrios produzem impulsos numa FC superior a 100 bpm.
• NAV não conduz todos os impulsos, portando 1 de cada 3 estímulos é transmitidos para os ventrículos.
• Ondas P “dentes de serra”.
• FC superior 100 bpm.
• Ritmo regular
• QRS normal
23. Flutter Ventricular
• Provocado por um foco ectópico em um dos ventrículos, com FC 200 a 300 bpm.
• Arritmia perigosa necessita de desfibrilação de urgência.
• Paciente apresenta dispneia, dor precordial.
• Ritmo irregular
• QRS deformados
• Onda P ausente
24. Fibrilação Atrial
• Focos ectópicos localizados nos átrios.
• Palpitação ou falha nos batimentos.
• Risco de formação de coágulos ou trombos.
• Ritmo irregular.
• Ondas P ausentes.
• Complexo QRS normal.
25. Fibrilação Ventricular
• Arritmia potencialmente letal.
• Necessita de desfibrilação e massagem cardíaca externa.
• Focos ectópicos ventriculares.
• Não ocorre bombeamento de sangue.
• Ausência de pulsos periféricos.
• Pupilas dilatadas, cianose de extremidades.
• Ondas do ECG bizarras.
26. Bloqueio Sinoatrial
• Distúrbios na formação ou condução do impulso elétrico no nodo SA.
• O impulso é bloqueado dentro NSA.
• Sensação de pausas no batimento.
• FC baixa de 40 a 70 bpm
• Ritmo normal
• Ondas P ausentes quando o batimento falha.
• Caso de intoxicação digitálica
27. Bloqueios Atrioventriculares ou Juncionais
• Causado por isquemia do nodo AV.
• São classificados em:
• Bloqueio de 1° grau
• Bloqueio de 2°grau
• Bloqueio de 3°grau
28. Bloqueio AV de 1°
• O impulso gerado no NSA é conduzido no NAV, sofrendo um retardo na passagem do estímulo.
• Caracteriza-se por um intervalo P-R maior que 0,20 seg.
• Causado por isquemia do nodo AV.
• FC e ritmo normal
• Onda P e QRS normal
• Intervalo P-R maior ou igual a 0,20 seg.
29. Bloqueio AV 2° grau
• Estímulo origina-se NSA, chega até o NAV, e não passa para os ventrículos.
• Característica do bloqueio AV de 2° é que o ECG registra um número de ondas P maior que o número de QRS.
30. Bloqueio AV de 3° grau completo
• Ocorre quando nenhum dos estímulos do nodo SA passa para os ventrículos.
• Foco ectópico assume o comando do marca-passo.
• Tratamento marca-passo definitivo.
31. Bloqueio de Ramo
• Ocorre quando o estímulo do nodo SA, passa para AV e não passa para alguns dos ramos D ou E.
• Os ventrículos despolarizam momentos diferentes.
• QRS alargado, cuja onda R têm dois ápices R e R`.Cada R significa a despolarização de um dos ventrículos.
32. Tríade do Infarto
• Isquemia
• Lesão
• Infarto
33. Isquemia
• É a redução do suplemento de sangue proveniente das artérias coronárias.
• Ondas T invertidas nas derivações V1 e V2.
34. Infarto
• Onda Q nos permite fazer o diagnóstico do IAM.
• Onda Q patológica tem a largura de um quadradinho 0,04 segundo de duração.
• Um terço da altura do complexo QRS.
35. Observações do ECG
• Nome completo do paciente.
• Data e hora
• Idade e sexo
• Medicações em uso.
• Local
• Medico solicitante.
• Nome de quem realizou o ECG.
Enfª Christielaine Venzel Zaninotto
cuidados de enfemagem com o ECG
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