Abscessos são infecções localizadas que se desenvolvem no tecido subcutâneo ou musculatura. No primeiro caso, são superficiais e surgem em decorrência de ferimentos infectados, de traumatismos locais que se infectam secundariamente por via hematogênica, ou por extensão de um foco infeccioso menor como foliculites. No segundo caso, a infecção chega até o músculo por via hematogênica, podendo ou não haver predisposição local por um traumatismo prévio. Estes abscessos têm características próprias como será visto adiante.
Abcesso |
Os abscessos subcutâneos são mais frequentemente provocados por estafilococos e têm uma fase inicial flegmonosa que se caracteriza pela instalação da infecção e desenvolvimento de reação inflamatória intensa que se expressa por dor de caráter progressivo, eritema e aumento de volume. Nesta fase (flegmão) a palpação evidencia uma tumefação inflamatória endurecida e de limites pouco precisos. Pode haver febre.
Geralmente após três dias as defesas orgânicas começam a isolar a infecção, fazendo com que a tumefação fique mais delimitada e surgindo flutuação, geralmente na posição central do processo, que vai se ampliando. A flutuação é a expressão clínica da presença de pus que, por sua vez, é o resultado do acúmulo de tecido necrótico, líquidos orgânicos, bactérias e células inflamatórias de defesa. Nesta fase, a dor tipicamente se transforma em latejante.
A resolução natural do abscesso subcutâneo é a drenagem espontânea através de um orifício necrótico da pele. Atente que, em algumas regiões como palma da mão e planta do pé os sinais inflamatórios de superfície dos abscessos subcutâneos não são evidentes e a flutuação não é facilmente detectável, pelas características da pele. Muitas vezes, abscessos nestas localizações provocam reação inflamatória no dorso da mão ou pé, levando aqueles menos experientes a fazer drenagem nestas regiões. Se houver dúvidas quanto a fase do processo ou localização pode ser feita punção para se verificar se há ou não pus.
Abcesso |
O abscesso intramuscular manifesta-se com febre, dor profunda e mal definida. É, também, chamado miosite supurada e acomete mais crianças. Não provoca sinais inflamatórios de superfície e não drena espontaneamente, pois o pus fica retido pela bainha muscular. Por estas razões, são diagnosticados tardiamente. São causados principalmente por estafilococos. Podem ser diagnosticados à palpação, desde que as características da doença sejam conhecidas pelo médico. A tomografia computadorizada, ultrassonografia e punção também são diagnósticas. Este abscesso assume características particulares quando se localiza no músculo psoas ilíaco (psoíte).
O tratamento da infecção na fase flegmonosa é com antibióticos administrados por boca ou músculo, sendo os mais usados: lincomicina, eritromicina (crianças), cloranfenicol e clindamicina.
Na fase de abscesso propriamente dita, além do antibiótico, deve-se fazer a drenagem.
Abscessos na polpa digital podem provocar necrose da extremidade dos dedos se não forem adequadamente drenados. Da mesma forma, abscessos na palma da mão são particularmente importantes, pois o pus pode acometer as bainhas tendinosas e usar os túneis tendíneos para se espalhar rapidamente em grandes distâncias.
Poderão ser drenados ambulatorialmente os abscessos pequenos, superficiais, não muito dolorosos, ou localizados em uma região em que uma anestesia adequada ou bloqueio sejam factíveis. Caso contrário, levar ao centro cirúrgico para drenagem.
Passos Técnicos:
1- Realizar bloqueio anestésico, se possível. Abscesso pequenos poderão ter a região em torno infiltrada com xilocaína 2%.
2- Luva calçada. Anti-sepsia e campo cirúrgico.
3- Incisar o ponto de máxima flutuação com bisturi ponteagudo (nº 11 ou 23), cortando de profundo para superficial, de uma só vez, sem fazer pressão exagerada para não causar dor. Fazer incisão com tamanho suficiente para abordagem adequada da loja.
4- Permitir esvaziamento espontâneo da secreção. NÃO ESPREMER! (dor forte, disseminação da infecção para a vizinhança ou embolização séptica).
5- Desbridar a cavidade com pinça ou hemostático fechado, apenas roçando no interior dela , sem fazer perfurações.
6- Lavar a cavidade com SF utilizando uma seringa diretamente no orifício de drenagem ou acoplada a um cateter de oxigênio (nº. 6). O soro fisiológico deverá ser injetado com velocidade suficiente para turbilhonar na cavidade e remover os detritos. Para tanto, deverá ser deixada uma parte da incisão livre para que o líquido possa escapar. De outra forma provocará grande dor.
7- Colocar dreno de gaze vaselinada ou furacinada recortada ou, eventualmente, Penrose. Em qualquer circunstância o dreno deverá ser apenas depositado dentro da loja para remover a secreção e manter a incisão aberta. Quando o dreno é "socado" na cavidade ele arrolha a abertura de drenagem; a secreção acumula-se e surge muita dor.
8- Curativo em 1 ou 2 dias, dependendo da quantidade de secreção.
9- Prescrição de antibióticos
Fonte: José B. Volpon
meu deus, terei que sofre tudo isso mesmo!! mas pode levar anestesia?
ResponderExcluirEu tivi. Minha. Filha. Ah 18 ano e de dois. Mil e treze. Minhas. Cesariana. Abriu um primeiro. Obicesso. Foi feito.agora. 11 07. Estou muito. Preocupada. Tem que ópera. E uma linha. Que ficou da cesariana. E enfrenquisonou
ResponderExcluirGeralmente a anestesia não pega e você acaba sentindo tudo. Normal, pq vc não sabe o que doi mais: se o proprio abcesso ou o corte e as picadas.
ResponderExcluirUma dor horrível fui no medico e quase morri quando ele passou o bistori e a anestesia não pegou e ele fez cortinhos bem de vagar não todo de uma vez e falou que não estava saindo o pus ai fechou tudo com gaze e mandou eu ir embora fui e fiquei com uma febre pior do que estava não conseguia nem levantar de tanta dor depois fui tomar um banho e tirei a gaze e começou a sair um monte de puz aliviou na hora só que agr ele voltou no mesmo lugar é normal isso?estou com muita dor de novo
ResponderExcluirEu tive um abscesso mamário más veio a furo por conta más fico uma bola de lus q não se desfez é tenho muita dor
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