O transporte de acidentados é um determinante da boa prestação de primeiros socorros. Um transporte mal feito, sem técnica, sem conhecimentos pode provocar danos muitas vezes irreversíveis à integridade física do acidentado. Existem várias maneiras de se transportar um acidentado. Cada maneira é compatível com o tipo de situação em que o acidentado se encontra e as circunstâncias gerais do acidente. Cada técnica de transporte requer habilidade e maneira certa para seja executada. Quase sempre é necessário o auxílio de outras pessoas, orientadas por quem estiver prestando os primeiros socorros.
De uma maneira geral, o transporte bem realizado deve adotar princípios de segurança para a proteção da integridade do acidentado; conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado consciente, que não pode deambular; transporte do acidentado inconsciente; cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e técnicas e materiais para cada tipo de transporte.
Em muitos tipos de transporte teremos de contar com o auxílio de um, dois ou mais voluntários. Para estes casos a técnica correta também varia de acordo com o número de pessoas que realizam o transporte. O transporte de vítimas é assunto que suscita polêmicas. Devemos tentar troca de informações entre pessoas que tenham experiências, no intuito de transformá-las em exemplos úteis. Além disto, trata-se de assunto em que a proficiência depende quase que exclusivamente de prática e habilidade física. É importante praticar o máximo possível, até que se tenha certeza de que não restam dúvidas.
Algumas regras e observações genéricas e teóricas devem ser aprendidas e conscientizadas por todos, independentemente de suas habilidades físicas para realizar o transporte de um acidentado. Apesar de não ser de nossa competência é conveniente que conheçamos algumas práticas relativas à atividade de resgate de vítimas de acidentes.
Resgate
A própria existência da atividade de primeiros socorros estabelece implicitamente o atendimento do acidentado no próprio local da ocorrência de uma emergência, acidente ou problema clínico. Muitas vezes, dadas às proporções e circunstâncias em que ocorrem outros eventos, existe perigo para quem está socorrendo e para as vítimas.
Se um acidentado, por exemplo, está se afogando, ou exposto a descargas elétricas, gases e outras substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas e corrosivas, o primeiro cuidado a ser tomado é o resgate do mesmo. Quem socorre deverá ser capaz de identificar a quantidade e a qualidade dos riscos que se apresentam em cada caso e saber como resolver o problema, evitando expor-se inutilmente. É preciso também ter consciência da necessidade de agir rigorosamente dentro de seus limites e de sua competência. Nos casos de resgate de vítimas de acidentes, só depois de efetuado o resgate é que podemos assumir a iniciativa de prestar os primeiros socorros.
Independentemente da atuação do pessoal da segurança, se existir, quem for socorrer deverá estar sempre preparado para orientar ou realizar ele mesmo o resgate. É preciso estudar com atenção as noções de resgate que estão contidas nos itens sobre choque elétrico, incêndio, gases e substâncias tóxicas. Deve ainda ter sempre consigo informações e números de telefones dos hospitais, serviços de ambulância e centro de informações tóxico-farmacológicas.
As técnicas e orientações contidas aqui são as mesmas desenvolvidas, acatadas e recomendadas internacionalmente pela Liga de Sociedade da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, conforme estabelecido no Curso de Formação de Monitores de Primeiros Socorros, na Cruz Vermelha Brasileira, Caderno nº 2, capítulo 10, 1973.
O transporte de acidentados ou de vítimas de mal súbito requer de quem for socorrer o máximo cuidado e correção de desempenho, com o objetivo de não lhes complicar o estado de saúde com o agravamento das lesões existentes.
Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de acidentados, assegurar-se da manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos; hemorragias deverão ser controladas e todas as lesões traumato ortopédicas deverão ser imobilizadas. O estado de choque deve ser prevenido. O acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser transportado, sem orientação médica ou de pessoal especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo para o acidentado e para quem estiver socorrendo-o.
Enquanto se prepara o transporte de um acidentado, acalmá-lo, principalmente demonstrando tranquilidade, com o controle da situação.
É necessário estar sereno para que o acidentado possa controlar suas próprias sensações de temor ou pânico. É recomendável o transporte de pessoas nos seguintes casos:
• Vítima inconsciente.
• Estado de choque instalado.
• Grande queimado.
• Hemorragia abundante. Choque.
• Envenenado, mesmo consciente.
• Picado por animal peçonhento.
• Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral.
• Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores.
O uso de uma, duas, três ou mais pessoas para o transporte de um acidentado depende totalmente das circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da lesão. Os métodos que empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais para transportar um acidentado que esteja inconsciente devido a afogamento, asfixia e envenenamento.
Este método, porém, não é recomendável para o transporte de um ferido com suspeita de fratura ou outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre que possível, deve-se usar três ou mais pessoas.
Para o transporte de acidentados em veículos, alguns cuidados devem ser observados. O corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em local acolchoado ou forrado. O condutor do veículo deverá ser orientado para evitar freadas bruscas e manobras que provoquem balanços exagerados. Qualquer excesso de velocidade deverá ser evitado, especialmente por causa do nervosismo ou pressa em salvar o acidentado. O excesso de velocidade, ao contrário, poderá fazer novas vítimas. Se for possível, deve ser usado o cinto de segurança.
Antes de remover um acidentado, os seguintes procedimentos devem ter sido observados:
•Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória
•Verificação de existência e gravidade de lesões
•Controle de hemorragia
•Prevenção e controle de estado de choque
•Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse.
Para o transporte, cuidar para que se use veículo grande e espaçoso, a ser dirigido por motorista habilitado. Além disto:
•Acompanhar e assistir o acidentado durante o transporte, verificando e mantendo a função respiratória e circulatória, monitorizando o estado de consciência e pulso, sempre que for necessário, solicitado ou na ausência de pessoal de saúde especializado para realizar estas ações.
•Orientar o motorista para evitar freadas súbitas e manobras que provoquem balanços.
•Assegurar o conforto e segurança do acidentado dentro do veículo transportador.
•Sempre que possível anotar e registrar, de preferência em papel, todos os sinais e sintomas observados e a assistência que foi prestada. Estas informações devem acompanhar o acidentado, mesmo na ausência de quem o socorreu, e podem vir a ser de grande utilidade no atendimento posterior.
Métodos de Transporte - uma pessoa só socorrendo
Transporte de Apoio
Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal.
De uma maneira geral, o transporte bem realizado deve adotar princípios de segurança para a proteção da integridade do acidentado; conhecimento das técnicas para o transporte do acidentado consciente, que não pode deambular; transporte do acidentado inconsciente; cuidados com o tipo de lesão que o acidentado apresenta e técnicas e materiais para cada tipo de transporte.
Em muitos tipos de transporte teremos de contar com o auxílio de um, dois ou mais voluntários. Para estes casos a técnica correta também varia de acordo com o número de pessoas que realizam o transporte. O transporte de vítimas é assunto que suscita polêmicas. Devemos tentar troca de informações entre pessoas que tenham experiências, no intuito de transformá-las em exemplos úteis. Além disto, trata-se de assunto em que a proficiência depende quase que exclusivamente de prática e habilidade física. É importante praticar o máximo possível, até que se tenha certeza de que não restam dúvidas.
Algumas regras e observações genéricas e teóricas devem ser aprendidas e conscientizadas por todos, independentemente de suas habilidades físicas para realizar o transporte de um acidentado. Apesar de não ser de nossa competência é conveniente que conheçamos algumas práticas relativas à atividade de resgate de vítimas de acidentes.
Resgate
A própria existência da atividade de primeiros socorros estabelece implicitamente o atendimento do acidentado no próprio local da ocorrência de uma emergência, acidente ou problema clínico. Muitas vezes, dadas às proporções e circunstâncias em que ocorrem outros eventos, existe perigo para quem está socorrendo e para as vítimas.
Se um acidentado, por exemplo, está se afogando, ou exposto a descargas elétricas, gases e outras substâncias tóxicas, inflamáveis ou explosivas e corrosivas, o primeiro cuidado a ser tomado é o resgate do mesmo. Quem socorre deverá ser capaz de identificar a quantidade e a qualidade dos riscos que se apresentam em cada caso e saber como resolver o problema, evitando expor-se inutilmente. É preciso também ter consciência da necessidade de agir rigorosamente dentro de seus limites e de sua competência. Nos casos de resgate de vítimas de acidentes, só depois de efetuado o resgate é que podemos assumir a iniciativa de prestar os primeiros socorros.
Independentemente da atuação do pessoal da segurança, se existir, quem for socorrer deverá estar sempre preparado para orientar ou realizar ele mesmo o resgate. É preciso estudar com atenção as noções de resgate que estão contidas nos itens sobre choque elétrico, incêndio, gases e substâncias tóxicas. Deve ainda ter sempre consigo informações e números de telefones dos hospitais, serviços de ambulância e centro de informações tóxico-farmacológicas.
As técnicas e orientações contidas aqui são as mesmas desenvolvidas, acatadas e recomendadas internacionalmente pela Liga de Sociedade da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho, conforme estabelecido no Curso de Formação de Monitores de Primeiros Socorros, na Cruz Vermelha Brasileira, Caderno nº 2, capítulo 10, 1973.
O transporte de acidentados ou de vítimas de mal súbito requer de quem for socorrer o máximo cuidado e correção de desempenho, com o objetivo de não lhes complicar o estado de saúde com o agravamento das lesões existentes.
Antes de iniciar qualquer atividade de remoção e transporte de acidentados, assegurar-se da manutenção da respiração e dos batimentos cardíacos; hemorragias deverão ser controladas e todas as lesões traumato ortopédicas deverão ser imobilizadas. O estado de choque deve ser prevenido. O acidentado de fratura da coluna cervical só pode ser transportado, sem orientação médica ou de pessoal especializado, nos casos de extrema urgência ou iminência de perigo para o acidentado e para quem estiver socorrendo-o.
Enquanto se prepara o transporte de um acidentado, acalmá-lo, principalmente demonstrando tranquilidade, com o controle da situação.
É necessário estar sereno para que o acidentado possa controlar suas próprias sensações de temor ou pânico. É recomendável o transporte de pessoas nos seguintes casos:
• Vítima inconsciente.
• Estado de choque instalado.
• Grande queimado.
• Hemorragia abundante. Choque.
• Envenenado, mesmo consciente.
• Picado por animal peçonhento.
• Acidentado com fratura de membros inferiores, bacia ou coluna vertebral.
• Acidentados com luxação ou entorse nas articulações dos membros inferiores.
O uso de uma, duas, três ou mais pessoas para o transporte de um acidentado depende totalmente das circunstâncias de local, tipo de acidente, voluntários disponíveis e gravidade da lesão. Os métodos que empregam um a duas pessoas socorrendo são ideais para transportar um acidentado que esteja inconsciente devido a afogamento, asfixia e envenenamento.
Este método, porém, não é recomendável para o transporte de um ferido com suspeita de fratura ou outras lesões mais graves. Para estes casos, sempre que possível, deve-se usar três ou mais pessoas.
Para o transporte de acidentados em veículos, alguns cuidados devem ser observados. O corpo e a cabeça do acidentado deverão estar seguros, firmes, em local acolchoado ou forrado. O condutor do veículo deverá ser orientado para evitar freadas bruscas e manobras que provoquem balanços exagerados. Qualquer excesso de velocidade deverá ser evitado, especialmente por causa do nervosismo ou pressa em salvar o acidentado. O excesso de velocidade, ao contrário, poderá fazer novas vítimas. Se for possível, deve ser usado o cinto de segurança.
Antes de remover um acidentado, os seguintes procedimentos devem ter sido observados:
•Restauração ou manutenção das funções respiratória e circulatória
•Verificação de existência e gravidade de lesões
•Controle de hemorragia
•Prevenção e controle de estado de choque
•Imobilização dos pontos de fratura, luxação ou entorse.
Para o transporte, cuidar para que se use veículo grande e espaçoso, a ser dirigido por motorista habilitado. Além disto:
•Acompanhar e assistir o acidentado durante o transporte, verificando e mantendo a função respiratória e circulatória, monitorizando o estado de consciência e pulso, sempre que for necessário, solicitado ou na ausência de pessoal de saúde especializado para realizar estas ações.
•Orientar o motorista para evitar freadas súbitas e manobras que provoquem balanços.
•Assegurar o conforto e segurança do acidentado dentro do veículo transportador.
•Sempre que possível anotar e registrar, de preferência em papel, todos os sinais e sintomas observados e a assistência que foi prestada. Estas informações devem acompanhar o acidentado, mesmo na ausência de quem o socorreu, e podem vir a ser de grande utilidade no atendimento posterior.
Métodos de Transporte - uma pessoa só socorrendo
Transporte de Apoio
Passa-se o braço do acidentado por trás da sua nuca, segurando-a com um de seus braços, passando seu outro braço por trás das costas do acidentado, em diagonal.
Este tipo de transporte é usado para as vítimas de vertigem, de desmaio, com ferimentos leves ou pequenas perturbações que não os tornem inconscientes e que lhes permitam caminhar.
Transporte ao Colo
Uma pessoa sozinha pode levantar e transportar um acidentado, colocando um braço debaixo dos joelhos do acidentado e o outro, bem firme, em torno de suas costas, inclinando o corpo um pouco para trás. O acidentado consciente pode melhor se fixar, passando um de seus braços pelo pescoço da pessoa que o está socorrendo. Caso se encontre inconsciente, ficará com a cabeça estendida para trás, o que é muito bom, pois melhora bastante a sua ventilação.
Usa-se este tipo de transporte em casos de envenenamento ou picada por animal peçonhento, estando o acidentado consciente, ou em casos de fratura, exceto da coluna vertebral.
Transporte nas Costas
Uma só pessoa socorrendo também pode carregar o acidentado nas costas. Esta põe os braços sobre os ombros da pessoa que está socorrendo por trás, ficando suas axilas sobre os ombros deste. A pessoa que está socorrendo busca os braços do acidentado e os segura, carregando o acidentado arqueado, como se ela fosse um grande saco em suas costas.
O transporte nas costas é usado para remoção de pessoas envenenadas ou com entorses e luxações dos membros inferiores, previamente imobilizados.
Transporte de Bombeiro
Primeiro coloca-se o acidentado em decúbito ventral. Em seguida, ajoelha-se com um só joelho e, com as mãos passando sob as axilas do acidentado, o levanta, ficando agora de pé, de frente para ele.
A pessoa que está prestando os primeiros socorros coloca uma de suas mãos na cintura do acidentado e com a outra toma o punho, colocando o braço dela em torno de seu pescoço. Abaixa-se, então, para frente, deixando que o corpo do acidentado caia sobre os seus ombros.
A mão que segurava a cintura do acidentado passa agora por entre as coxas, na altura da dobra do joelho, e segura um dos punhos do acidentado, ficando com a outra mão livre.
Este transporte pode ser aplicado em casos que não envolvam fraturas e lesões graves. É um meio de transporte eficaz e muito útil, se puder ser realizado por uma pessoa ágil e fisicamente capaz.
Transporte de Arrasto em Lençol
Seguram-se as pontas de uma das extremidades do lençol, cobertor ou lona, onde se encontra apoiada a cabeça do acidentado, suspende-se um pouco e arrasta-se a pessoa para o local desejado.
Manobra de Retirada de Acidentado, com Suspeita de Fratura de Coluna, de um Veículo.
A pessoa que for prestar os primeiros socorros, colocando-se por trás passa as mãos sob as axilas do acidentado, segura um de seus braços de encontro ao seu tórax, e a arrasta para fora do veículo, apoiando suas costas nas coxas, como pode ser visto na sequência de procedimentos mostrados na figura a seguir.
Esta manobra deve ser feita apenas em situações de extrema urgência.
adorei,todo o conteúdo irei apresentar um seminário hoje sobre este mesmo assunto.OBRIGADA
ResponderExcluirmuito legal msm conteúdo bem elaborado e fácil entendimento.....
ResponderExcluirboa noite e parabéns!
teresina - pi
é nóix da cnx que tdo mundo vai pegar desse site pra fazer o trabalho
ResponderExcluirby===pedro
pegamos td o trabalho aqui mtoo obrigado
ResponderExcluirObrigada,,!!!:-)
ResponderExcluirobrigado! valeu!
ResponderExcluirAmei, tirei todas as minhas dúvidas! muitíssimo obrigada!
ResponderExcluirÉ LEGAL SABER QUE ESTAS COISA PODE NOS AJUDAR NOS MOMENTOS CERTO.
ResponderExcluirMe ajudou na apresentação do modulo...primeiros socorros
ResponderExcluirmucho lgal esse site
ResponderExcluirmuito legal texto bem elaborado me ajudou mt..... ;)
ResponderExcluirMuito bom, já dei o que fazer ma apresentação do trabalho.
ResponderExcluirObrigado me ajudou muito...amo essas praticidades
ResponderExcluirhttp://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manualdeprimeirossocorros.pdf
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