A insulina é um hormônio que
normalmente é produzido no pâncreas e tem como função facilitar a entrada da
glicose nas células, para ser utilizada como fonte de energia.
A insulina é administrada em
pacientes portadores de diabetes tipo I, porém, diabéticos tipo II que estejam
com taxas elevadas de glicose no sangue, sem conseguir baixar apenas com dieta
e as outras medicações (antidiabéticos orais: metformina, glibenclamida), podem
vir a utilizar a insulina apenas para correção da crise hiperglicêmica.
Os tipos de insulina são:
• De ação rápida – Insulina
regular (R): começa a agir em mais ou menos 1 hora e dura de 8 a 14 horas;
• De ação intermediária –
Insulina NPH: começa a agir em mais ou menos 2 horas e dura 24 horas;
• De ação prolongada – Insulina Ultra Lenta (UL): começa a agir em 4 horas e dura 26 horas.
Complicações no tratamento com
insulina
a) Reações Hipoglicêmicas –
sintomas: sudorese, taquicardia, palpitações, palidez, ansiedade, nervosismo,
tremor, fraqueza, fadiga, fome, cefaleia, confusão mental, irritabilidade, sonolência e coma que, se não tratada a tempo, pode deixar sequelas como deterioração mental por destruição dos neurônios corticais. A hipoglicemia é
um fator que acentua a incidência de angina pectoris e infarto do miocárdio,
sobretudo em diabéticos mais velhos.
Para evitar esses danos a
enfermagem deverá orientar o paciente sobre o efeito da medicação, tipos de
insulina, início da ação, ação máxima e duração, assim como os efeitos da
hipoglicemia e sua inter-relação com alimentação e exercício, bem como orientar
como intervir quando ela se instalar.
b) Reação Local: vermelhidão,
edema, dor e formação de nódulo no local da aplicação, que geralmente
desaparece com a continuação do tratamento. A enfermagem, ao aplicar a
insulina, detectará qualquer um desses sintomas e sua evolução, além de
comunicar ao médico e dar a orientação que melhor convier ao paciente.
c) Lipodistrofia (ou gordura
localizada é o acúmulo de tecido adiposo em determinadas áreas do corpo) do
tecido muscular subcutâneo: ocorre quando a insulina não é administrada no
local correto e quando não houver variações dos locais de aplicação. Daí a
importância da enfermagem, juntamente com o paciente, estabelecer o rodízio nos
locais apropriados e dar uma orientação segura sobre a importância da escolha
do local indicado e do rodízio como uma medida profilática.
À medida que a enfermagem
orientar e aplicar a insulina, deverá estimular o paciente à auto-aplicação.
Iniciará fazendo com que ele entre em contato com a seringa, agulha, tipos de
insulina etc. A todo momento, salientará a importância fundamental de se evitar
a contaminação, como prevenção de infecção e, conseqüentemente, descompensação
de seu diabetes.
d) Resistência à insulina: pode
resultar da inativação da insulina no local da aplicação ou de fatores
hemáticos ou teciduais inativadores ou destruidores da insulina. Nesses casos,
o mais prático seria mudar o tipo de insulina.
A enfermagem, sabendo que um dos
fatores que pode advir no tratamento com a insulina é a resistência à mesma,
estabelecerá um plano de assistência ao paciente, do qual farão parte o pessoal
auxiliar e o próprio paciente.
e) Locais de aplicação da
insulina: as insulinas geralmente são administradas por via subcutânea nas
seguintes regiões:
Face externa do braço, região
periumbilical, face anterior da coxa e região glútea. O rodízio dos locais de aplicação
sempre é indicado.
Observações: a insulina precisa
ficar num local frio, mas não deve ser congelada. Quando guardada no
refrigerador, deve ser retirada meia hora entes, pois a introdução da insulina
gelada é dolorosa e dificulta sua absorção.
• Importante observar bem as unidades dos frascos, a fim de conferir com as existentes nas seringas.
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