Indicações
Anormalidades da ventilação: Disfunção da musculatura respiratória, Doença neuromuscular, estímulo (drive) ventilatório diminuído e resistência aumentada da via aérea ou obstrução ou por anormalidades da oxigenação: hipoxemia refratária, necessidade de Peep ou trabalho respiratório excessivo.
Modos:
Ventilação mecânica controlada (CMV): A CMV dispara os movimentos respiratórios do ventilador a uma frequência predeterminada até atingir um volume corrente (VT) predeterminado ou um pico de pressão da via aérea também predeterminada;
Ventilação assisto-controlada (AC): A ventilação AC é tipicamente deflagrada em ventilação ciclada a volume. Um VT predeterminado é oferecido com uma frequência respiratória (FR) predeterminada;
Ventilação mandatória intermitente sincronizada (SIMV): A SIMV deflagra um VT predeterminado numa frequência pré-estabelecida. Como vantagem adicional, o paciente pode, a qualquer momento, acessar o reservatório de gás para respirações espontâneas, gerando um VT próprio;
Ventilação com pressão de suporte (PSV): PSV é uma forma de ventilação com pressão positiva (PPV) idealizada para prover uma assistência respiratória. Essa assistência respiratória é planejada para ajudar o paciente a vencer a resistência e o trabalho respiratório aumentados pela doença pulmonar, tubo endotraqueal, válvulas inspiratórias e outros aspectos mecânicos do suporte ventilatório. O valor da PSV escolhida aumenta o movimento respiratório gerado pelo paciente;
Ventilação com pressão controlada (PCV): A PCV é um modo de ventilação ciclado a tempo que permite a limitação do pico de pressão inspiratório. No modo PCV, como no mundo PSV, o médico estabelece um valor de pressão que é rapidamente alcançado no início da inspiração e se mantém durante todo o ciclo inspiratório;
Avaliação e intervenções de enfermagem
Monitorar complicações:
Obstrução das vias aéreas
Lesão da traqueia
Infecção pulmonar
Barotrauma
Diminuição do débito cardíaco
Atelectasia
Alteração na função G. I.
Alteração na função renal
Alteração do estado cognitivo
Explicar sobre o procedimento de ventilação mecânica;
Após auxiliar na intubação, observar pressão do Cuff e verificar se os movimentos respiratórios estão adequados com o modo e frequência;
Monitorar e comunicar problemas nos alarmes;
Mobilização no leito de 2/2 hs ou conforme indicação;
Manter decúbito elevado;
Realizar exercícios passivos de amplitudes de movimentos;
Medir pressão do Cuff a intervalos;
Monitorar função cardiovascular;
Monitorar a presença de infecção pulmonar;
Monitorar a saturação de O2;
Monitorar e comunicar alterações dos SSVV e balanço hídrico;
Avaliar o refluxo gástrico em pacientes com nutrição enteral;
Restringir membros superiores dos pacientes confusos;
Peep (pressão positiva expiratória final), CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas), BIPAP.
Verificar o fluxo de O2 oferecido
Comunicar em caso de distensão abdominal
Observar fluxo urinário
Realizar higiene oral 4x/dia
Desmame
Certificar de que o paciente esteja consciente, com bom padrão respiratório espontâneo e hemodinamicamente estável.
Esse procedimento deverá ser realizado pelo fisioterapeuta ou enfermeiro:
Iniciar o desmame de manhã;
Orientar o procedimento;
Avaliar valores da oximetria e gasometria;
Observar e avaliar padrão respiratório;
Fazer tabelas para desmame;
Extubar conforme descrito.
Prevenção de pneumonia
Lavar as mãos antes e após manipulação do paciente;
Manter cabeceira elevada;
Usar técnica asséptica de aspiração;
Tocar curativo de traqueóstomo;
Trocar fixação da cânula endotraqueal e traqueostomia;
Evitar pós ou cremes no local da traqueostomia;
Monitorar a curva térmica;
Observar o aspecto da secreção (cor, volume, consistência);
Promover desinfecção de alto nível ou esterilização dos circuitos de VM;
Utilizar tubos ou traqueóstomos descartáveis;
Descartar sempre cateteres de aspiração;
Proceder à aspiração na ordem-tubo, traqueia, nariz e boca;
Fazer culturas das águas dos umidificadores;
Preferir filtro se tiver;
Trocar filtro a cada 24h;
Proteger o circuito do respirador ao desconectar do paciente;
Usar luvas para montar o sistema.
Atelectasias: intubação seletiva, presença de rolhas no tubo ou nas vias aéreas e hipoventilação.
Mudança de decúbito de 2/2hs
Monitorar a oxigenação, SSVV.
Avaliar nível de consciência e comunicar
Hipóxia
Monitorar sinais de hipóxia: agitação, taquicardia, hipertensão arterial, arritmias, midríase e cianose.
Avaliar nível de consciência
Observar alterações do padrão ventilatório
Alarmes do VM
Observar montagem do circuito e testar antes do uso.
Monitorar os parâmetros estabelecidos
Detectar vazamento nos circuitos, com checagem a cada período.
Verificar funcionamento do circuito de umidificação e regulagem de temperatura
Verificar funcionalidade dos alarmes
Providenciar troca de circuito ou do ventilador em caso de disfunção
Esvaziar H2O condensada nos circuitos, pois aumenta a resistência para entrada de ar.