Cuidados de enfermagem aos pacientes com doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência em idosos. Atinge cerca de 8 a 15% da população com 65 anos ou mais, sendo a 4º causa de morte em países desenvolvidos.

Os sintomas iniciais da DA são caracterizados pela perda progressiva da memória e das habilidades motoras. Nas fases mais avançadas pode apresentar mudanças de comportamento, confusão mental e após 6 a 12 anos do inicio dos sintomas a doença pode levar a óbito. O tratamento farmacológico é limitado e o diagnóstico não é preciso. Esse trabalho tem como objetivo discorrer sobre os cuidados de enfermagem prestados a pacientes com esta demência.

A equipe de enfermagem tem o dever de estimular a família a manter o paciente com o máximo de independência enquanto possível (SMELTZER, et al., 2008).

Segundo Nettina (2007), o profissional de enfermagem deve promover independência no autocuidado, avaliar a capacidade de autonomia do paciente, estimular a tomada de decisão em relação a vida diária, facilitar ações simples da rotina do paciente, como usar roupas de velcro ou elástico ao invés de botões e zíper.

Deve falar lentamente e de forma simples e breve com o paciente. Identificar-se sempre que encontrá-lo para melhorar a comunicação, solicitar óculos ou prótese auditiva no caso de pacientes com distúrbios de visão ou audição, procurar conhecer os sentimentos do paciente, não contestar o conteúdo de possíveis delírios, o profissional deve reforçar a realidade (NETTINA, 2007).

Para garantir a segurança do paciente, devem ser removidos objetos que possam oferecer riscos ao mesmo, avaliar a comodidade e a segurança que ela oferecer, alertar a policia e os vizinhos quanto aos seus comportamentos, instalar travas de segurança nas portas e barra de banheiro, estimular atividade física, iluminar sempre o local. Para melhorar seu convívio com a sociedade dever ser estimulado o paciente a participar de atividades em grupo como, danças, canto, pintura, estimular grandes grupos musculares. O cuidador deve falar de forma calma e tranquila, remover objetos que possam ser usados para dano próprio, distrair o paciente em situações desconcertantes, prevenindo da violência e agressões (NETTINA, 2007).

Concluímos que a assistência de enfermagem é indispensável para os pacientes portadores da DA, desde seu diagnóstico ao estágio mais avançado. No início, o enfermeiro tem o papel de orientar a família sobre os devidos cuidados, visando minimizar os riscos e preservar a integridade do mesmo. Na fase terminal o profissional deve estabelecer os cuidados paliativos além da orientação ao cuidador.

Autores: Camila Lopes Pierino, Evelin Barros Camargo, Isabeli Cristina O. Silva, Jessiane Gomes Souza, Juliana C. Camelotto Paiva.

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